Seguirei tratando do assunto da coluna passada, isso porque o tema é complexo e exige que toda a população atente para as tecnologias como uma aliada da saúde e uma busca sempre necessária para que a gente faça cada vez mais conexões.
Vejamos
Quem nunca suspeitou de algo e foi no Google pesquisar para saber do que se trata? Quem nunca buscou nas plataformas digitais os efeitos de uma medicação? Quem nunca viu um exame ou recebeu um diagnostico e foi no Google saber o que era? A gente sempre visita essas plataformas para qualquer resposta que “precisamos”.
Então...
Se tudo isso fosse uma complementação ou uma busca maior de conhecimento não seria nada ruim e poderia ser um aliado da autonomia do paciente, do familiar ou do cuidador. O problema é que muitas vezes essa “informação” pode ser usada de maneira arbitrária e até errônea. Lembre-se o Brasil é um dos maiores consumidores e disseminadores de informações inventivas.
Informação
Como falei no parágrafo anterior o que as plataformas nos proporcionam são informações sem nenhuma interpretação ou sem considerar as subjetividades de cada um. Digo isso porque, os profissionais têm conhecimento, habilidades para reconhecer essas individualidades. Portanto, é importante reconhecer o papel dos profissionais na atuação em saúde e nas intervenções propostas
Atenção
Alem dessa capacidade de perceber as subjetividades a gente está perdendo a conexão conosco. A gente não tem dado tempo para escutar nossos corpos, nossos sentimentos. Talvez seja por isso que o filme Divertidamente chegou com tudo trazendo a ansiedade como um grande sentimento atual.
Voltando ao tema
As tecnologias são grandes aliadas do ser humano, mas no contexto da saúde é preciso considerar ainda a ética implícita nos modelos de cuidado, uma vez que, nas condições de fragilidades ou intervenções em saúde a hermenêutica individual será sempre mais exigente e precisa deste olhar humanizado.
Humanização
As relações humanas, consideradas tecnologias leves, sempre precederá as tecnologias em saúde. Portanto, sempre que, você profissional de saúde, for estabelecer um contato faça-o com o olhar, depois com a comunicação e quando nada disso for possível recorde que você é um ser humano sagrado tocando um ser humano sagrado. Todavia, isso vale para todas as relações humanas/sociais.